sábado, 25 de agosto de 2012

Amapá investe em criação de peixes para reduzir preço e gerar renda


Fonte: portalamazonia.com

Incentivar e melhorar a criação e produção de peixes para comercialização no Estado. Este é o objetivo do Projeto de Manejo de Pescado, que atende produtores beneficiados pelo Fundo de Desenvolvimento Rural (Frap). O benefício funciona por meio da Secretária de Desenvolvimento Rural (SDR), com recursos provenientes do Banco da Amazônia (Basa). Atualmente, são atendidos cerca de dez piscicultores no Amapá.

O acompanhamento técnico desses produtores é feito pela Agência de Pesca do Amapá (Pescap), que dá início ao projeto e o acompanha in loco, até o ponto de comercialização. Atualmente, o Estado está na fase inicial do processo. “Estamos iniciando este trabalho e logo o Amapá terá uma grande produção de pescado a um preço acessível a todos”, conta a técnica em aquicultura, Tereza de Aquino.

O projeto no Amapá é feito com o principal pescado, o tambaqui, e se inicia com a secagem dos tanques que tem tamanho médio de 20mx40m, com profundidade de 1,30m de altura. Em seguida, é feita a desinfecção com calcário e é colocado adubo químico ou de gado, para depois de dois ou três dias ser cheio. “Fazemos a análise do terreno antes de começar o preparo dos tanques. É preciso observar as condições favoráveis para a criação dos peixes, como a disponibilidade de água em abundância”, explica Tereza. Ela garante que o clima do Estado é favorável para a criação de pescados.

Depois de cheios,  os alevinos são colocados nos tanques e passam a ser acompanhados mensalmente. Nesse processo, são observadas as condições de água como o oxigênio e PH. As informações ajudam a dividir os tanques de acordo com a fase em que se encontram. No berçário, os alevinos passam a fase inicial. Em seguida, eles são trocados para os tanques de crescimento e por último o de engorda. O ciclo completo de fase de alevinos a comercialização dura em cerca um ano.
Para o gerente de assistência técnica do Pescap, Giseldo Cardoso, o maior problema do produtor rural não é a criação e cuidado com o pescado, mas a administração. É exatamente nesse ponto que os técnicos entram com o apoio. “Como esses piscicultores receberam um recurso, é preciso um planejamento e administração correta para que tudo ocorra bem, buscando sempre formas de diminuir os custo”, revela Giseldo.
Ele explica ainda que um dos gargalos da produção de pescado no Amapá é a exportação da ração e a compra dos alevinos. “Como o Estado ainda está iniciado nesta prática, não temos produtores de ração. Por isso, precisamos comprar de fora a um custo alto, que sai em média R$ 57 mil por ciclo. Outro fato que também encarece o preço do pescado é a compra dos alevinos ou ainda na forma de larva para o desenvolvimento, sendo que ainda não estamos trabalhando com a reprodução dos peixes no Amapá”, destaca o gerente de assistência técnica do Pescap.

Foto: Thiago Soeiro/ Portal Amazônia

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