sexta-feira, 29 de abril de 2011

GT do Manejo de Jacaré discutir aspectos técnicos da espécie



O Grupo de Trabalho do Manejo de Jacarés coordenado pela SDS e IDAM, reuniu nesta sexta-feira, dia 29, para discutir aspectos técnicos para a elaboração de uma Instrução Normativa. O Governo do Amazonas concentra esforços nos projetos de atividade de manejo de jacarés na região, abrindo oportunidades de geração de renda para moradores de áreas propícias à criação dessa espécie. O grande desafio do GT é identificar os gargalos da cadeia produtiva e levantar as medidas necessárias a serem adotadas junto a órgãos como Ibama e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) quanto à legislação, que é muito restritiva. Participaram da reunião representantes da SDS, IDAM, IPAAM, IBAMA, INPA, FAS, ADS e IDSM. MAPA.

“O papel da SDS é formular políticas, podendo contribuir em uma articulação junto aos órgãos federais. Nosso objetivo é propor uma legislação estadual, adequada à realidade do Amazonas, principalmente quanto aos procedimentos de abate e beneficiamento da carne, para que possamos alcançar a Certificação Federal (CIF) e Estadual (SIE) para comercializar essa produção”, declara Nádia Ferreira.


A representante do IDAM, Sônia Canto, explica o potencial desperdiçado com a carne do jacaré que poderia ser comercializada gerando renda para quem mora em regiões propícias à criação da espécie. “No Alto Solimões a pele e a carne são jogadas no lixo. Partes das vísceras são utilizadas apenas como isca para pesca de pirapitinga. Mais de 100 toneladas, cerca de 8 a 10 mil animais morrem por ano, principalmente no mercado informal na Calha do Purus. Mais de 5 toneladas chegam à São Paulo. É uma carne que sai daqui e chega a ser comercializada fora pelo valor de R$ 50 reais, saindo daqui apenas por R$ 0,50”, declara Sônia.


Atualmente, as experiências para testar procedimentos de captura, avaliar qualidade de carne e pele, estudos de logística, questões sanitárias e de mercado foram realizadas apenas na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá, entre os anos de 2004 e 2010. A RDS Mamirauá possui condições ideais para o estabelecimento do manejo considerando as pesquisas realizadas e o nível de organização das comunidades ribeirinhas. A área conta com cerca de 1.800 pescadores nesta atividade, o último abate foi realizado em 2008, com 226 animais, sendo três toneladas de carne após o beneficiamento.


O manejo de jacarés pode ser realizado nas Unidades de Conservação do grupo denominadas de "Uso Sustentável", nas categorias Reserva de Desenvolvimento Sustentável, Reserva Extrativista, Floresta Estadual e Reserva Privada de Desenvolvimento Sustentável.



SDS/Governo do Amazonas



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