sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Rondônia explora menos de 10% das reservas de ouro do Estado

Fonte: portalamazonia.com

A Amazônia tem contribuído significativamente na atividade de extração e transformação mineral realizada em todo território brasileiro. E é com os olhos voltados a dar maior visibilidade à produção do extrativismo mineral familiar na Região Norte e debater as políticas públicas para o setor que Porto Velho vai sediar o 1° Congresso Internacional de Mineração e Garimpagem Sustentável na Amazônia (CIMIGS). O evento acontece de 7 a 9 de Setembro, no auditório do ILES/ULBRA na capital rondoniense.

Os minérios mais extraídos na Amazônia são, em primeiro lugar, o ferro. O metal chegou a corresponder, em 2008, a 35,2% da produção nacional. Em segundo lugar vem à alumina (bauxita), com 17,6 % do total. O alumínio aparece em terceiro, com 15,1%, e o cobre fica na quarta posição, com 11,3%. Ainda em 2008, a extração do nióbio colocou o país em primeiro lugar no ranking internacional, em segundo com a extração de ferro, manganês e alumínio (bauxita), e em quinto com o caulim e o estanho.

Garimpo em Rondônia


Nas décadas de 60 a 80, o Estado viveu um auge de grande desenvolvimento econômico no setor. Com a abertura da BR-364, a região ficou relativamente bem, quanto ao aspecto financeiro, mas sofria com a atividade explorada de forma clandestina e manual. Em 1970, o Governo Federal proibiu a lavra manual na província estanífera de Rondônia, de acordo com a Portaria nº. 195, determinando que a exploração das jazidas fosse mecanizada, por meio de empresas.

A primeira mina de cassiterita descoberta em Rondônia se localizava no rio Machadinho, no ano de 1955. Em 1973, no auge da extração do minério, chegou-se a tirar até 7,3 mil toneladas. Neste período, a produção de Rondônia correspondeu a 80% do produzido no país.

De lá para cá, pouca coisa mudou. O modelo atual de exploração mineral ainda é artesanal e familiar. Com o apoio das cooperativas, os profissionais extraem apenas uma pequena parcela do potencial existente no Estado, o que representa resultados inferiores a 10%, apesar de estudos técnicos ligados ao setor comprovarem que há forte concentração de ouro na região.

Atualmente a cooperativa dos Garimpeiros, Mineração e Agroflorestal (Minacoop), cooperativa de Garimpeiros do Rio Madeira (Coogarima) e a cooperativa de Garimpeiros do Amazonas (Cogam), contam com 1.498 profissionais atuantes. Esses números representam famílias que fazem circular mensalmente em  Porto Velho cerca de R$ 13 milhões. A atividade gera uma renda média de mais de R$ 8 mil por família.

Preocupação com o Meio ambiente

As cooperativas encaram como desafio principal a desconstrução do atual modelo imposto pelo capital, com subordinação do Estado, e a construção de outra possibilidade de aproveitamento de forma racional dos recursos minerais na Amazônia. A maior preocupação é com a degradação do meio ambiente. A forma como a prática é feita tem gerado grandes prejuízos como crateras, matas devastadas, águas poluídas e outras sequelas, provavelmente irreversíveis.

Mais informações sobre o 1° Congresso Internacional de Mineração estão disponíveis no site do evento.

Foto: Sedam/Divulgação

Laboratório investe em produtos de baixo custo para tratamento de água

 Fonte: d24am.com

O laboratório de celulose e papel/carvão vegetal da Coordenação de Tecnologia e Inovação, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), investe em tecnologia social com inovações de baixo custo.

Uma das inovações protegidas de 2011 foi “O Filtro”, que se trata de um sistema de filtragem de água, que possui como base o uso de carvão, para torná-la de boa qualidade.

O experimento foi realizado pela tecnologista Marcela Amazonas, juntamente com técnicos e estudantes de Pibic, do Instituto. Por ser de baixo custo, o filtro proporciona às comunidades isoladas ou as classes menos favorecidas economicamente, usufruírem de um bom sistema de tratamento de água.

“O projeto está avaliando todas as variáveis pertinentes ao estudo, como: a forma do produto, a sequência de material filtrante, e os tipos de águas a serem tratadas”, explica a responsável pelo laboratório.

Produtos patenteados

O laboratório de celulose e papel/carvão vegetal já possui três produtos patenteados. O papel de cauaçu, um briquete de açaí e outro de tucumã. Todos são produzidos a partir de resíduos locais e não de matéria-prima virgem oriunda de locais distantes. “Temos que observar o que a Amazônia nos oferece e assim verificar o que podemos fazer para aplicar melhorias na vida da população”, explica Amazonas.

Uma das patentes é o papel de cauaçu, que é feito a partir de resíduos de uma planta usada pelas artesãs da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Anamã, localizado entre os rios Japurá e Negro. O resíduo foi processado e seu papel apresentou ótimos resultados para impressão e pequenas embalagens.

Já os briquetes de tucumã e açaí, feitos com os resíduos dessas frutas, funcionam como uma fonte alternativa, para padarias, pizzarias e outros empreendimentos, que utilizam carvão vegetal como fonte de energia.

Os briquetes oferecem vários benefícios: são mais fáceis de transportar, não contribuem com o desmatamento irregular na Amazônia e usam resíduos agroflorestais na sua produção, além de possuir ótimo poder calorífico, o que representa economia, pois o volume usado é inferior ao do carvão convencional.

Tecnologia social/Resíduos
Entende-se por Tecnologia Social toda aquela tecnologia adaptada com intuito de atingir as classes menos favorecidas, sempre preservando seu baixo custo, pois todos os produtos gerados pelo laboratório de celulose e papel/carvão vegetal do Inpa são oriundos de resíduos coletados na área urbana de Manaus.

“A tecnologia social contribui para o desenvolvimento sustentável, beneficiando a sociedade sem agredir a natureza”, ressalta a tecnologista.

“É preciso entender que o resíduo sem o devido amparo, é dinheiro perdido e matéria-prima não aproveitada. Nosso dever como pesquisadores, é desenvolver uma tecnologia com esses resíduos para disponibilizar para sociedade”, comenta.

Educação ambiental e capacitação
Para repassar toda tecnologia desenvolvida nos laboratório do Instituto, o laboratório realiza Educação Ambiental em palestras, workshops, seminários, para que todos os interessados aprendam as técnicas. “Realizamos um curso de duas semanas, chamado “Reciclagem: princípios e técnicas” que é aberto para toda sociedade. As pessoas aprendem os princípios básicos para confecção, normais de gestão, e como coletar e armazenar os resíduos, todos podem participar”, convida Amazonas.

Este ano será realizado um workshop, com um grupo produtivo no bairro Japiim, zona sul de Manaus, no dia 22 de fevereiro, no Centro do Grupo de Mulheres Produtivas.

“A pesquisa é financiada pela sociedade, e nada mais justo que as nossas pesquisas sejam aplicadas em melhorias para toda população, em seus vários ramos”, finaliza.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Programa deve recuperar mais de 4 mil km de vicinais no Amazonas

Fonte: acritica.com

A Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror) lança nesta quarta-feira (29) no auditório da Sepror (avenida Buriti, nº 1.850, Distrito Industrial, zona sul), as ações de recuperação de vicinais previstas no Programa Amazonas Rural. A meta do Amazonas Rural é recuperar mais de 4 mil km de vicinais em todo o Estado.

De 2007 a 2010, já foram recuperados 1.174 km; de 2011 a 2012, 413 km. Ainda em 2012, está prevista a recuperação de mais 640 km, além de 500 km em projetos do Governo. O restante deverá ser concluído nos próximos anos.

A execução está sendo realizada com recursos próprios e oriundos de parceria com o Incra e Suframa. Somente neste ano, o Estado investiu R$ 4.249.000,00. O volume de recursos investidos pelos parceiros ultrapassa R$ 16 milhões.

Serão beneficiados os municípios de Manicoré, Canutama, Carauari, Novo Aripuanã, Iranduba, Atalaia do Norte, Maués, Benjamin Cosntant, Tabatinga, Itacoatiara, Autazes, Presidente Figueiredo e Rio Preto da Eva. Nesta etapa serão beneficiadas mais de cinco mil famílias e também haverá a geração de aproximadamente 2.500 empregos.

O Amazonas Rural projeta investimento de R$ 1 bilhão, sendo R$ 100 milhões por parte do Governo, R$ 200 milhões de parceiros públicos e R$ 700 milhões da iniciativa privada. Durante lançamento em julho, o governador Omar Aziz anunciou um pacote de R$ 600 milhões para obras de infraestrutura no interior do Estado, que inclui construção de estradas e vicinais, portos e melhoria na infraestrutura das cidades.

Vicinais
As estradas vicinais destinam-se a canalizar a produção para polos com maior estrutura para armazenagem e comercialização e são de grande importância econômica e social para as comunidades rurais. Além de garantir transporte para os mercados agrícolas, essas estradas também oportunizam o acesso às facilidades de educação, saúde e maior variedade de bens de consumo.

A importância das vicinais nas áreas rurais da Amazônia está além do escoamento da produção e suprimento das cidades e comunidades locais. Os ramais e vicinais possuem uma relevante função social, uma vez que proporcionam condições de acesso mais adequadas para as populações dessas áreas, bem como oportunizam perspectivas de desenvolvimento econômico.

Foto: Ney Fernandes/Freelance

Projeto de monitoramento de carbono recebe ajuda de moradores em Manaus

Fonte: acritica.com

Os moradores da área situada no entorno do Igarapé do Passarinho, Zona Norte de Manaus, serão chamados, nesta quarta-feira (29), a atuar como parceiros do Projeto CO2 de Monitoramento de Carbono, que está sendo desenvolvido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) e pelo Fundo Municipal de Desenvolvimento e Meio Ambiente (FMDMA), com a finalidade de promover a medição dos estoques de Carbono em árvores plantadas em trechos da margem do igarapé.

O projeto é pioneiro no País e envolve alunos de escolas da rede municipal de ensino situadas nas proximidades do igarapé e na zona rural de Manaus. A ideia é fazer com que os moradores conheçam o projeto e possam ajudar na conservação e proteção das árvores demarcadas para as medições. Além de medir, o projeto também realiza o plantio de novas mudas que passarão a ter o crescimento monitorado.

A ação de sensibilização da comunidade faz parte do conjunto de práticas educativas do projeto. Além do monitoramento do crescimento das árvores, os alunos também fazem a pesagem dos estoques de Carbono existente nos resíduos gerados nas escolas. O projeto é desenvolvido em parceria com o Laboratório de Manejo Florestal do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), responsável pela elaboração dos cálculos de estoque de Carbono. No local, a equipe de educação ambiental vai aplicar um questionário junto aos moradores. Além do questionário, entregarão também folhetos relacionados ao projeto, com informações sobre efeito estufa, mudanças climáticas e aquecimento global.

O trabalho de sensibilização desenvolvido pela Divisão de Educação Ambiental da Semmas acontecerá durante quatro dias (29/08, 30/08, 3/09 e 04/09). A ação acontecerá nos trechos situados entre as ruas Cururepa e Quichuá e as ruas Sabiá e Canarinho, onde estão situadas as escolas municipais Antonio Moraes e Sabá Raposo, respectivamente.

Foto: Divulgação/Semmas

sábado, 25 de agosto de 2012

Amapá investe em criação de peixes para reduzir preço e gerar renda


Fonte: portalamazonia.com

Incentivar e melhorar a criação e produção de peixes para comercialização no Estado. Este é o objetivo do Projeto de Manejo de Pescado, que atende produtores beneficiados pelo Fundo de Desenvolvimento Rural (Frap). O benefício funciona por meio da Secretária de Desenvolvimento Rural (SDR), com recursos provenientes do Banco da Amazônia (Basa). Atualmente, são atendidos cerca de dez piscicultores no Amapá.

O acompanhamento técnico desses produtores é feito pela Agência de Pesca do Amapá (Pescap), que dá início ao projeto e o acompanha in loco, até o ponto de comercialização. Atualmente, o Estado está na fase inicial do processo. “Estamos iniciando este trabalho e logo o Amapá terá uma grande produção de pescado a um preço acessível a todos”, conta a técnica em aquicultura, Tereza de Aquino.

O projeto no Amapá é feito com o principal pescado, o tambaqui, e se inicia com a secagem dos tanques que tem tamanho médio de 20mx40m, com profundidade de 1,30m de altura. Em seguida, é feita a desinfecção com calcário e é colocado adubo químico ou de gado, para depois de dois ou três dias ser cheio. “Fazemos a análise do terreno antes de começar o preparo dos tanques. É preciso observar as condições favoráveis para a criação dos peixes, como a disponibilidade de água em abundância”, explica Tereza. Ela garante que o clima do Estado é favorável para a criação de pescados.

Depois de cheios,  os alevinos são colocados nos tanques e passam a ser acompanhados mensalmente. Nesse processo, são observadas as condições de água como o oxigênio e PH. As informações ajudam a dividir os tanques de acordo com a fase em que se encontram. No berçário, os alevinos passam a fase inicial. Em seguida, eles são trocados para os tanques de crescimento e por último o de engorda. O ciclo completo de fase de alevinos a comercialização dura em cerca um ano.
Para o gerente de assistência técnica do Pescap, Giseldo Cardoso, o maior problema do produtor rural não é a criação e cuidado com o pescado, mas a administração. É exatamente nesse ponto que os técnicos entram com o apoio. “Como esses piscicultores receberam um recurso, é preciso um planejamento e administração correta para que tudo ocorra bem, buscando sempre formas de diminuir os custo”, revela Giseldo.
Ele explica ainda que um dos gargalos da produção de pescado no Amapá é a exportação da ração e a compra dos alevinos. “Como o Estado ainda está iniciado nesta prática, não temos produtores de ração. Por isso, precisamos comprar de fora a um custo alto, que sai em média R$ 57 mil por ciclo. Outro fato que também encarece o preço do pescado é a compra dos alevinos ou ainda na forma de larva para o desenvolvimento, sendo que ainda não estamos trabalhando com a reprodução dos peixes no Amapá”, destaca o gerente de assistência técnica do Pescap.

Foto: Thiago Soeiro/ Portal Amazônia

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Parceria com Coca-Cola vai gerar 2,5 mil empregos no AM

 Fonte: portalamazonia.com

A multinacional Coca-Cola fechou parceria com o Governo do Amazonas para a compra do açaí. O objetivo é a geração de suco da fruta amazônica. A expectativa, para o primeiro semestre de 2013, é de que 2,5 mil produtores trabalhem na etapa inicial do projeto. Apenas para esta fase, é estimada uma safra de 300 toneladas.

De acordo com o presidente da Agência de Desenvolvimento da Amazônia (ADS), Valdelino cavalcante, ficou acordado entre representantes da Coca-Cola e secretarias e autarquias do governo uma pesquisa para a realização de um inventário floretal do açaí. O potencial da fruta será avaliado em 90 dias, especialmente nos municipíos de Carauari, Manacapuru, Boca do Acre e em Benjamin Constant.  Na cidade de Humaitá, somente um produtor já conta com 50 mil pés do palmito.

A parceria engloba aparelhamento de informações para os produtores e disposição de estrutura para o comércio entre os agricultores e a multinacional. Com isso, as auditorias finais nas agroindústrias acontecem até fevereiro do próximo ano. “Devido à força do projeto, há um compromisso de governo de construir a Estrada do Riozinho, em Carauari. A via é necessária para o escoamento da produção – e ainda há a possibilidade da Estrada do Umarizal e Perimetral Norte, em Benjamin Constant. Os representantes da Coca-cola viajaram conosco para conhecer os agricultores e se surpreenderam com a seis agroindústria visitadas no interior”, afirmou cavalcante.

Para firmar a parceria, representantes da Coca-Cola visitaram agroindústrias para apontar as adequações que deverão ser realizadas para que o acordo seja fechado. Sobre essas normas, o diretor-presidente da ADS salientou que não há nada que possa impedir as empresas de atenderem as exigências da Coca-Cola. “São pequenos ajustes na pasteurização, por exemplo. Após tomarem as devidas providências, haverá uma auditoria final para o início à compra da próxima safra de açaí amazonense, que ocorre entre janeiro e julho de cada ano”, comemorou Cavalcante.

Gestores nacionais da Coca-Cola consideram o projeto um dos mais desafiadores da multinacional, mas garantiu que a empreitada será um grande aprendizado para ele como profissional. Até a primeira quinzena de outubro, será realizado um levantamento para diagnosticar o potencial produtivo do açaí na região.

Para melhorar a escoação do produto, o Governo do Amazonas afirmou que irá viabilizar as estradas do Riozinho e do Gavião em Carauari, e possivelmente a Estrada do Umarizal e Perimetral Norte em Benjamim Constant.

Boas expectativas

De acordo com o presidente do Idam, Edmar Vizolli, a parceria com a Coca-Cola é um momento importante para investir ‘de maneira correta’. “Estaremos juntos fiscalizando o mapeamento, para que se possa chegar ao número mais próximo da realidade. Nosso desafio é fazer com que as políticas públicas cheguem até os produtores”, afirmou.

Para Superintendente Técnico-Científico da FAS, que também coordena a implementação do Programa Bolsa Floresta nas unidades de conservação do Amazonas, João Tezza, os órgãos do governo precisam estar integrados. “Vamos realizar juntos e com grande empenho este projeto, temos uma grande riqueza e precisamos levar em conta a cultura e conhecimento de cada região. Está chegando uma nova visão ao interior é um dos maiores desafios”, enfatizou.

Somente no ano passado,  a Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam) investiu R$ 144 milhões na operacionalização de empresas beneficiadora de frutas. “No que depender da Afeam para ajudar as agroindústrias nas adequações, estaremos disponíveis, pois sabemos que o desafio é grande, mas será recompensador”, afirmou o presidente da Afeam, Pedro Falabella.

Foto: Divulgação/Fapeam

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Produtores de algodão aguardam colheita com nova variedade transgênica

 Fonte: d24am.com

Os produtores terão que esperar, ao menos, seis meses para confirmar as apostas no aumento de produtividade e qualidade do algodão com o uso da nova variedade transgênica, aprovada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio).

Depois de um ano em análise, a tecnologia comercialmente denominada de Bollgard II Roundup Ready Flex promete tanto resistência às pragas, como a lagarta rosada, quanto a tolerância ao glifosato, o que permite aplicação em várias fases do cultivo do algodão.

Essa é a 12ª variedade transgênica aprovada pelo órgão técnico para a produção algodoeira no país. O presidente do Instituto Matogrossense do Algodão (IMA), Álvaro Salles, acredita que a nova tecnologia será uma solução mais barata e menos restrita do que as usadas anteriormente.

Segundo Salles, atualmente, poucos produtores de algodão aplicam produtos como a soja Roundup Ready (RR) que tem o uso restrito à fase inicial do cultivo. Já em relação ao Algodão Liberty Link, ele afirma que “resolveu muitos problemas na produção, mas é um produto caro”.

O custo da tecnologia Bollgard II Roundup Ready Flex é um terço do investimento feito com o Liberty Link (US$ 15, cerca de R$ 30). Salles acredita que essa economia, associada aos efeitos da variedade, explica o uso em mais de 80% da produção norte-americana e australiana de algodão.

“No Brasil a gente acredita que vai crescer rapidamente”, disse Salles, ao lembrar que o processo pode demorar ainda mais do que um semestre, considerando que os produtores ainda terão que multiplicar as sementes. “Hoje o produtor usa outros herbicidas de custo elevado e de relativa agressão ao meio ambiente. A nova tecnologia vai facilitar esse manejo. Agora, o quanto vai facilitar, depende de quanto será cobrado pelos direitos tecnológicos”, acrescentou.

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) estima que a produção do algodão nesta safra vai alcançar 1,8 milhão de toneladas, prejudicada pela estiagem na Bahia e pela chuva em Mato Grosso, os dois maiores produtores de algodão do país.

“Pode faltar algodão em março e abril. Nesta conta, temos a exportação de 1 milhão de toneladas e o consumo interno de 900 mil toneladas. A conta não fecha”, avaliou Sérgio De Marco, presidente da Abrapa.

Com preços internos em queda (R$52/arroba), De Marco afirma que o cenário atual aponta para uma perda de 30% da área plantada. “É mais lucrativo plantar soja e milho”, acrescentou o produtor que critica o “atraso tecnológico de dez anos do Brasil, em relação aos Estados Unidos e à Austrália”.

“[A nova tecnologia] será ótima para o produtor e para a indústria têxtil que vai ter algodão de melhor qualidade. A qualidade vai melhorar muito porque é mais fácil para o produtor trabalhar com uma lavoura limpa. Quanto à produtividade, fica um ponto de interrogação, mas tudo indica que também pode aumentar”, destacou.

O presidente da CTNBio, Flávio Finardi, explica que a liberação comercial do Bollgard II Roundup Ready Flex ainda depende de aprovação do Conselho Nacional de Biossegurança, composto por 11 ministros do governo.

“Esse terceiro produto [cruzamento de duas variedades transgências anteriormente aprovadas pela CTNBio] reúne a resistência a ataque de insetos e tolerância a herbicidas. Vai existir chance de manejo mais adequado no combate a pragas e a ervas daninhas. Esse tipo de ferramenta, que vai estar na própria planta, é uma vantagem”, disse.

Foto: Marcos Negrini/Secom-MT/Agência Governo MT/AE

Governo quer investir em energia solar na Arena Amazônia

Fonte: acritica.com

O Governo do Estado apresentou, na tarde da última terça-feira (21), o projeto Solar World Cup 2014 Brazil, que trata da utilização da cobertura de edificações no entorno da Arena Amazônia, em Manaus, para a geração de energia elétrica a partir de sistemas solares fotovoltaicos.

A apresentação que teve como objetivo atrair investimentos nacionais e internacionais, teve por base ações das secretarias  de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico (Seplan) e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS), a Companhia de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (Ciama) e a Eletrobras Amazonas Energia.

Energia Solar Fotovoltaica é uma fonte de energia renovável obtida pela conversão de energia luminosa em energia elétrica, limpa, não poluente, confiável, racional e que não consome nenhum combustível.

A localização para a integração dos sistemas fotovoltaicos será nas áreas no entorno do complexo Arena Amazônia, abrangendo o Ginásio Amadeu Teixeira, o Centro de Convenções do Amazonas e estacionamentos.

Na oportunidade, o subcoordenador do Centro Estadual de Mudanças Climáticas da SDS, Anderson Bittencourt, apresentou para representantes de empresas nacionais e internacionais ligadas ao setor de energia uma avaliação econômica financeira do projeto, incluindo o custo do sistema (em milhões de euros), o custo do kWp instalado (em €/kWp), o custo do m2 instalado (em €/m2) e o custo do kWh gerado, considerando as variações.

Conforme explicou o secretário da Seplan, Airton Claudino, é uma preocupação do Estado definir um modelo de Governança, com possíveis isenções de impostos. “Mas adianto que para efeito de importação de equipamentos, já conta com os benefícios da Zona Franca”, completou.

A princípio, ficou acertado que a Ciama, por ser uma sociedade de economia mista e já ter expertises anteriores, está apta para participar do aporte capital de empresas interessadas em investir no projeto. Já a Eletrobras Amazonas Energia irá participar com até 33% no investimento, trabalhando a instalação de equipamentos, testes e operação e manutenção.

O presidente da Ciama, Aluizio Barbosa, destacou que o Governo do Estado vem trabalhando neste projeto, buscando desenvolver um modelo, inicialmente, para Manaus, extensivo para o para o Estado. “Esta tem sido a articulação com a Eletrobras. O Amazonas está entre os estados com a maior capacidade prevista para utilização de energia solar fotovoltaica, principalmente devido à incidência de raios solares”, disse.
 
Participaram da reunião técnicos da Ciama, da SDS, representantes das empresas Canadian Solar Inc., Donauer – Sistemas Fotovoltaicos, Ecoluz, Qluz Energia, Usinazul Energia Sustentável e Serviços Ambientais, Visionmax Solar, Weg Cestari Instrutech Equisul, Abengoa Ecoluz e Breitener.

Foto: Carlos Eduardo Souza/RCCOP

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Mercado de cosméticos quer aumentar produtos de origem amazônica


Fonte: portalamazonia.com

Pouco mais de uma década da linha Ekos – cosméticos compostos por produtos amazônicos -, a Natura inaugurou o Núcleo de Inovação Amazônia (Nina), na capital amazonense nesta quinta-feira (16). O espaço será de rede de estudos sobre itens nortistas, passando pelo fomento à pesquisa em cultura sociedade; conservação e biodiversidade; florestas e agricultura, além de design de produtos e processos.

Com o início dos trabalhos, a empresa pretende aumentar de 10% para 30% os produtos com ativos de origem amazônica até 2020. Para isso, também haverá um incremento das 3,2 mil famílias envolvidas em todo o processo na região. O objetivo é chegar até 10 mil, sem perder o conhecimento tradicional.

“Não queremos trazer lições para a Amazônia, e sim sermos mais um agente para um futuro melhor e diferente. Estamos na maior jazida de riquezas da biodiversidade brasileira, em especial da região”, disse o copresidente do Conselho de Administração da Natura, Guilherme Leal.
 
Inovação e parceria

Os projetos para a pesquisa serão escolhidos por temas relevantes para a região, como educação e questões fundiárias. A finalidade é criar ambientes cada vez mais maduros. De acordo com o diretor de Ciência e Tecnologia da Natura, Victor Fernandes, o nascimento do Núcleo objetiva gerar sustentabilidade e maior inovação.

“Realizamos parcerias com quatro instituições do Amazonas para auxiliar no andamento das pesquisas e transformar os resultados em inovação. Fechamos com a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), o Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Ocidental) e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). E estamos com edital já aberto para receber propostas de pesquisas de curto, médio e longo prazos”, contou Fernandes.

A Natura obteve faturamento de R$ 5,5 bilhões no ano passado. Para este ano, a estimativa é de crescimento de 10% a 15%. Ao todo, cerca de R$ 150 milhões são revertidos para a tecnologia, ciência e inovação. Atualmente, 300 pessoas no quadro da empresa trabalham com C&T.

Fotos: Divulgação/Natura Ekos e  Juçara Menezes/Portal Amazônia

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Coari registra superprodução de melancias, no Amazonas

Fonte: portalamazonia.com


O município de Coari, no Amazonas, produziu este ano cerca de 300 mil melancias. O fruto é comercializado diretamente junto aos consumidores e em feiras e mercados no próprio município e em cidades vizinhas, como Tefe e Codajás. Até o fim do ano, a estimativa é chegar a marca de 1,5 milhão de frutos produzidos na cidade.

A localização de Coari, no Médio Solimões, colabora para essa superprodução. Isso porque a área de várzea é bastante recomendada para a produção dessa cultura. Considerada de ciclo rápido, a melancia é produzida principalmente nas áreas de várzea e leva de três a quatro meses para ser comercializada.

Neste ano, os rios encheram além do normal, o que aumentou a área de cultivo da cultura, além das hortaliças, que são culturas mais tradicionais. “Acreditamos que a cultura aumente os investimentos por parte dos agricultores envolvidos na atividade, implementando também o cultivo em área irrigada para que se possa produzir melancia também fora de época”, comentou o gerente do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam) de Coari, Dimitri Portugal.

Ainda segundo Portugal, desde o ano de 2009, a unidade local vem conscientizando os produtores familiares a buscarem alternativas de renda. “A melancia não podia ficar de fora da agricultura familiar. Houve um grande aumento na produção devido aos incentivos dados pelo Governo do Estado, por meio do apoio técnico, da doação de sementes e implementação de projetos de crédito voltados para as familias produtoras”.

Além do Coari, a expectativa de se obter um recorde na safra da cultura de melancia, neste  ano, também é esperada com grande ansiedade no município de Borba. A plantação que começou na segunda quinzena de junho, pelos produtores Jodat Sahdo Juníor, 46, e Antônio Arnaldo, 40, pretende colher 30 mil frutos nos próximos meses.

O cultivo está dividido em sete hectares, e conta com assistência técnica dos extensionistas do IDAM. De acordo com o engenheiro agrônomo, Rosinei Silva, o sucesso esperado na safra da melancia está relacionado às boas práticas de correção de solo, adubação orgânica e mineral, tratos culturais principalmente em relação ao controle de pragas e doenças.

No total, o município de Borba possui uma área estimada em 150 hectares de plantio de melancia, que aguarda colher 300 mil frutos. Parte dessa produção já tem destino certo, o próprio mercado da cidade e, o escoamento da produção para o mercado de Manaus. ”Por conta da colheita, o município vive momentos excelentes com o aquecimento do mercado local, geração de empregos diretos e indiretos, assim, como a melhoria da qualidade de vida dos agricultores, haja vista, que o preço oferecido ao agricultor é muito satisfatório”, informou o gerente da Unidade Local do IDAM, José Tarcísio da Silva.

Uso do mercúrio nos garimpos do AM pode ser autorizado, mas banido em cinco anos

 Fonte: acritica.com

O mercúrio será utilizado nos garimpos de ouro dos Amazonas que possuem licenciamento ambiental por pelo menos mais cinco anos, até que mecanismos de redução sejam aplicados na atividade para se chegar ao chamado "mercúrio zero". Esta é a perspectiva da secretária estadual do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Nádia Ferreira.

"Defendemos uma saída gradativa. A gente está mexendo numa cadeia que é grande. Acho que dá para alcançar esse objetivo reduzindo o uso (do mercúrio) nas balsas até chegar ao conteúdo zero. Vamos ter pesquisa, por exemplo, para ver a eficiência do cadinho (equipamento de amálgama do ouro e filtragem do mercúrio) para que o metal não precise mais ser usado", disse Nádia, após uma longa reunião na última terça-feira  (14) para rediscutir o uso do mercúrio nos garimpos.

A nova discussão sobre o assunto ocorreu após uma onda de protestos de organizações do movimento social e ambiental que questionaram a permissão do mercúrio nos garimpos do Amazonas e depois que o Ministério Público Federal (MPF-AM) recomendou que a Resolução Estadual 011-2012, que dá ordenamento ao licenciamento ambiental para a atividade garimpeira no Estado, não seja aplicada até que as dúvidas sejam esclarecidas.

A proibição imediata do mercúrio chegou a ser cogitada dias após (final de julho) a manifestação do MPF pela própria secretária Nádia Ferreira, mas ela novamente reconsiderou a ideia.

A permissão do mercúrio no garimpo integra uma lista de normas da Resolução Estadual 011-2012 elaborada pela SDS em conjunto com outros órgãos ambientais e de mineração e aprovada pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente do Amazonas (Cemaam). Mas a citação do nome "mercúrio" e a falta de maiores esclarecimentos sobre seu uso tornou-se o ítem mais polêmico do documento.

Polêmica
A julgar pelo clima de tensão velada identificada na reunião, a permissão do uso do mercúrio deverá ser um tema que ainda renderá muita polêmica. Sequer a meta do mercúrio zero, uma perspectiva que vem sendo articulada por países que discutem o Tratado Internacional do Mercúrio, em termos ainda muito recentes, é unanimidade.

O assessor da Secretaria Estadual de Mineração e Recursos Hídricos, Miguel Martins, mostrou-se pessimista e disse que "mercúrio zero" no mundo não vai acontecer nunca". Ele referiu-se ao lobby da indústria bélica, da indústria farmacêutica e a hegemonia da China em manter minas de mercúrio. "Podemos ter um uso controlado do cadinho e conscientizar as pessoas e fazer uma fiscalização séria. Mas não tem mercúrio zero" , disse durante sua participação da  a reunião.

O coordenador-geral da Fundação Vitória Amazônica (FVA), Carlos Durigan, sugeriu que, ao invés de aplicar uma resolução que vale para todo o Estado, a SDS implemente uma "ação modelo" no rio Madeira com as cooperativas que já atuam no garimpo para saber se este projeto irá funcionar em uma área específica. Caso o resultado seja positivo, só então poderá se expandir para outras áreas.

Discussão
As propostas apresentadas no encontro de terça-feira vão ser discutidas e sistematizadas em novas reuniões. Representantes de organizações e instituições que integram o Cemaam farão parte de dois grupos formados durante a reunião. O grupo técnico-científico se reunirá nesta quinta-feira (16) e o jurídico na próxima terça-feira (21).

Conforme Nádia Ferreira, uma reunião extraordinária vai elaborar uma versão definitiva da Resolução, já com as contribuições que serão aceitas. A data ainda não foi definida.

Zoneamento
Criticada pelo seu conteúdo superficial (no entendimento dos movimentos sociais e ambientalistas), a Resolução vai ganhar uma versão definitiva enriquecida com novos dados. 

São temas envolvendo aspectos de controle dos equipamentos da lavra, formas de fiscalização e informações científicas para ajudar a esclarecer as consequências do mercúrio na saúde do ser humano e no meio ambiente.

Uma das sugestões mais vigorosas apresentadas na reunião foi a criação de um zoneamento do uso do mercúrio no Estado para que aplicação das normas não seja para todo o Estado, sem distinguir as especificadas de cada calha de rio.

A proposta foi um alerta apresentado pelo pesquisador Bruce Forsberg, considerado a principal autoridade científica do assunto na região amazônica, de que áreas de rios de água preta (como é o caso da região do Alto Rio Negro) não podem ter garimpos que utilizam o mercúrio.

Estas regiões, cujas características hídricas são as áreas alagadas (sobretudo igapós), já possuem altíssimo teor de mercúrio natural e o despejo de mercúrios extra resultaria em graves consequências para a saúde humana e para o meio ambiente.

 “É mais perigoso desenvolver atividade de garimpo no rio Negro. É contraindicado. O rio Madeira tem poucas área alagáveis e, embora tenha um índice razoável de mercúrio natural, a chamada ‘metilação’ não é tão evidente e, por conseguinte, é menos ameaçadora. Quanto ao rio Solimões, somente agora, com uma pesquisa recente, sabemos que ele também pode ter mercúrio em seu ambiente, independente de garimpos. Isso significa que tem certas áreas com risco maior para ser usado o mercúrio”, disse.

Outra preocupação de Bruce foi com os ribeirinhos, cuja alimentação é prioritariamente o peixe. Conforme o pesquisador a cadeia alimentar pode ser seriamente afetada pelo mercúrio, mesmo nas áreas onde o metal não seja tão concentrado. “Há peixes contaminados. Por isso é preciso saber se o Estado é capaz de fiscalização. Outra necessidade é investir em pesquisa para saber quanto de mercúrio está sendo jogado”, disse Bruce.

Assim como a proposta de Bruce, que fez uma breve e didática apresentação sobre a origem e a presença do mercúrio em várias partes do mundo, outras sugestões deverão ser incorporadas no novo "ajuste" da Resolução, segundo Nádia.
 Quem também se manifestou foi o diretor-presidente do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Fernando Burgos. Ele disse que o DNP aprova Resolução "com restrições" e que ela pode "ficar omissa" diante de pelo menos três legislações federais referentes à mineração e de disciplinamento do uso do mercúrio.

Pontos 
. Segundo dados apresentados na reunião, com base em pesquisa da Marinha do Brasil,  existem 894 balsas cadastradas que atuam em garimpos no rio Madeira
. A estimativa é que 3 mil garimpeiros atuem somente nesta região.
. Na calha do rio Madeira, a atividade fica a cargo de três cooperativas. Uma delas, porém, possui dois processos de licenciamento que dão direito a atuar em duas áreas.
. A área de abrangência das cooperativas no rio Madeira é de 580 quilômetros de rio, segundo o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).

Foto: Ivani Valentim

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Rio Amazonas é reconhecido como uma das maravilhas naturais do mundo

Fonte: portalamazonia.com

O Rio Amazonas, no Peru, ganhou no último dia 13, homenagem de reconhecimento como uma das Sete Maravilhas do Mundo pelo governo regional de Loreto. O Rio Amazonas é  maior rio do mundo, tanto em extensao, como em volume de água. Ele nasce no Peru e deságua no Brasil. Por meio de telas gigantes colocadas nas sete cidades localizadas na região, os moradores vão acompanhar a solenidade.

O Rio Amazonas tem mais de 7 milhões de quilômetros quadrados em extensão. A nascente dele é o Rio Apurímac, na Cordilheira dos Andes, no Sul do Peru, e a foz no Rio Tocantins, no Norte do Brasil.

O governador de Loreto, no Peru, Yvan Vasquez Valera, disse que o objetivo é que todos da região participem da solenidade. “As atividades serão realizadas nas sete cidades da província. Cada capital, ao mesmo tempo, irá desenvolver vários eventos, mobilizar os estudantes e a população em geral “, disse ele.

Na capital de Loreto, Iquitos, haverá um city tour nas principais áreas turísticas. Na prefeitura de Iquitos será descerrada uma placa de bronze com a certificação oficial do Rio Amazonas como uma das maravilhas naturais do mundo. Para as autoridades peruanas, o reconhecimento representa o respeito pela riqueza em biodiversidade que abriga a Amazônia.

O prêmio é compartilhado com a Bolívia, o Brasil, Equador, Suriname, a Colômbia, Venezuela, Guiana e Guiana Francesa, países nos quais o Rio Amazonas está presente.

A cada ano há a seleção das sete maravilhas naturais do mundo (em inglês, New 7 Wonders of Nature) pela população, por meio de uma votação global. A iniciativa começou em 2009 com o canadense-suíço Bernard Weber.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Programa Selo Amazônico instala comitê gestor, no AM

Fonte: acritica.com

Representantes dos órgãos estaduais de metrologia e qualidade industrial, os denominados institutos de pesos e medidas dos estados da Amazônia Legal, se reuniram na quinta-feira, dia (9), no auditório Floriano Pacheco, da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), no Distrito Industrial, Zona Centro-Sul de Manaus, para a instalação do Comitê Gestor do Programa de Avaliação da Conformidade para Produtos Manufaturados com Matéria-Prima da Amazônia Brasileira, o Selo Amazônico.

Idealizado pela Suframa, executado pela Fucapi e implementado pelo Inmetro, o Programa pretende certificar produtos manufaturados de maneira sustentável e com matéria-prima da região Amazônica, por meio de um selo único, agregando valor ao produto regional.

“Já confirmaram presença os representantes dos institutos de pesos e medidas dos estados do Amazonas, Pará, Mato Grosso, Rondônia, Roraima, Tocantins e Maranhão, além dos representantes do Sebrae Nacional, de Rondônia e do Amazonas. Será apresentado o status do programa e as minutas dos regimentos internos já elaborados, para então oficializar a instalação do Comitê Gestor e das Comissões Estaduais do Programa”, explicou a coordenadora do Selo Amazônico pela Fucapi, Hyelen Gouvea.

A proposta é que as Comissões Estaduais ficarão responsáveis pela implementação dos planos de ação para atender as demandas por certificações de produtos, no âmbito do Programa Selo Amazônico, nos respectivos estados da Amazônia Brasileira, além de organizar os grupos de trabalho e encaminhar as propostas ao Comitê Gestor do Programa.

“Nessa primeira reunião existe a expectativa de que os representantes dos estados indiquem demandas de produtos regionais com potencial de certificação. Além disso, será elaborado um calendário dos próximos encontros do Comitê para continuidade dos trabalhos, visando o atendimento as demanda dos estados. Sabemos do imenso potencial dos produtos da Amazônia devido sua grande repercussão no cenário mundial atribuídos aos seus valores naturais e ambientais. Com essa articulação e integração de ações institucionais, o Selo Amazônico entra agora em uma nova fase para a certificação dos produtos amazônicos”, analisou.

Implantação
O Selo Amazônico é uma proposta de certificação ligada ao monitoramento de requisitos de segurança, qualidade, impacto social e ambiental, desenvolvimento econômico e procedência de produtos manufaturas com matéria-prima da Amazônia Brasileira, na qual tenham parte ou todo o processo produtivo instalado na região, pretendendo ser um instrumento oficial de reconhecimento da qualidade do produto oferecido, por meio da certificação voluntária.

A Fucapi vem atuando em parceria com a Suframa no Programa de certificação de produtos da Amazônia Brasileira desde agosto de 2009.

Em 28 de julho de 2011 foi firmado o Termo de Cooperação Técnica entre o Inmetro e Suframa para o desenvolvimento e implementação do Programa.

Governo intensifica monitoramento e fiscalização para combater desmatamento e focos de calor

Fonte: SDS

Com o início da estiagem e a diminuição do registro de chuvas em todo o Estado, principalmente na região Sul do Amazonas, segundo o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), o Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS/Ceclima), Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam/Gecam), e em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), intensificaram as atividades de monitoramento e fiscalização dos desmatamentos e focos de calor naquela região.

Desde o dia 7, uma equipe de técnicos e fiscais da SDS e Ipaam realizam sobrevoos na região Sul visando confirmar os dados obtidos por imagens de satélite, como alertas de incremento de desmatamento, fornecidos pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e registros de focos de calor, fornecidos pelo programa de Prevenção de Queimadas e Incêndios no Arco do Desmatamento na Amazônia (Proarco/Inpe), além de identificar novas áreas de pressão.

Durante todo o dia de ontem, a equipe sobrevoou 2.350 quilômetros, cobrindo toda a extensão da BR 319 entre Manaus e Porto Velho, além de regiões dos municípios de Humaitá, Manicoré, Canutama, Lábrea e Boca do Acre. No total, foram verificados aproximadamente 50 focos de calor e cerca de sete áreas de novos desmatamentos.

As informações estão sendo utilizadas pelos órgãos competentes para agilizar as ações de fiscalização, com o objetivo de conter o avanço do desmatamento ilegal e do uso não controlado do fogo no Estado do Amazonas.

Relatório de campo

De acordo com o relatório da equipe de campo, foram identificados desmatamento e queimada no Projeto de Assentamento Botos, localizado no município Humaitá, em área de aproximadamente 20 hectares, conectada à BR 319 por ramal recém aberto. Três habitações ativas no entorno da área estavam parcialmente cobertas pela fumaça.

Ainda no município de Humaitá, outra área foi detectada, de aproximadamente 2 mil hectares, localizada em região com formação predominante de "Campos", próxima à região de convergência entre a BR 319 e a BR 230. A área está fechada por uma porteira e está próxima à infraestrutura típica de grandes fazendas, como casas, galpões e maquinário.

Em Canutama, próximo a divisa com o Estado de Rondônia, outra área de aproximadamente 270 hectares foi detectada. Além de 25 focos em uma única área do município. No município de Lábrea, identificou-se nova área de desmatamento e queimada próximo a fronteira com o Acre, de 73,9 hectares, além de desmatamento equivalente a uma área de 231,2 hectares, dentro do Projeto de Assentamento Monte.

Ações antecipadas de combate

O Governo do Amazonas deu início às ações integradas para o controle e combate às queimadas associadas no Estado ainda no mês de março deste ano. Técnicos da SDS e demais órgãos envolvidos aplicam em campo o "Programa Educar, Produzir e Conservar – ações integradas para prevenção e controle do desmatamento e queimadas no Amazonas", para o ano de 2012.

O programa tem por objetivo reduzir a taxa anual de desmatamento e os registros de focos de calor no Amazonas, por meio do fortalecimento e ampliação do ordenamento territorial, controle ambiental, atividades produtivas agropecuárias e florestais sustentáveis e governança ambiental integrada.

Os municípios que receberam as equipes com ações do Programa até o mês de agosto são: Novo Aripuanã, Manicoré e Humaitá, Apuí, Iranduba, Novo Airão, Itacoatiara e Rio Preto da Eva, totalizando 641 pessoas. No segundo semestre de 2012, o Programa prioriza ações de campanhas para prevenção às queimadas e incêndios florestais no Estado todo, prioritariamente nos municípios do Sul do Estado e Região Metropolitana de Manaus. Os próximos municípios a receberem o Programa são: Careiro Castanho, Autazes, Manaquiri, Presidente Figueiredo, Maués, Boca do Acre e Lábrea, no período de agosto a outubro deste ano.

A coordenação executiva do Programa está sob a coordenação do Centro Estadual de Mudanças Climáticas (Ceclima/SDS), que conta com a parceria do Ipaam, Secretaria de Estado de Produção Rural do Amazonas (Sepror), Instituto de Produção Agropecuária e Florestal Sustentável (Idam) e Federação de Agricultura e Pecuária do Amazonas (Faea) e prefeituras municipais, focados na capacitação de produtores rurais, sindicato de trabalhadores, extrativistas e lideranças comunitárias.

Cemaam reune conselheiros para discutir Resolução 011/2012

Fonte: SDS

O Conselho Estadual de Meio Ambiente do Amazonas (Cemaam), realiza no próximo dia 14, a 25ª. Reunião Extraordinária. Na pauta da discussão, está a reavaliação da Resolução/Cemaam 011/2012, que estabelece procedimentos no licenciamento ambiental da atividade de lavra garimpeira de ouro no Estado. A reunião acontecerá a partir das 14h, no Auditório da Suframa, localizado à Avenida Ministro Mário Andreazza, 1424, bairro Distrito Industrial.

Confira Programação em anexo

Na ocasião, orgãos envolvidos na atividade de garimpo estarão realizando apresentações voltadas a esse segmento. Dentre eles: Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolimento Sustentável (SDS), Ministério de Minas e Energia (MME), Secretaria de Mineração, Geodiversidade e Recursos Hídricos (SEMGRH), Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam) e Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas (Ipaam).

Ainda durante a reunião, o Dr.Bruce Forsberg, estará abordando a ocorrência de mercúrio nas águas do Rio Negro e será anunciado a viabilidade de lançamento de um edital para pesquisa de garimpo pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Pequenos cortes são desafio para reduzir desmatamento no Brasil

Fonte: d24am.com


Quase dois meses depois de anunciar que em 2011 a Amazônia sofreu a menor taxa histórica de desmatamento e diante da expectativa de seguir com números baixos neste ano, o governo se vê diante de um enorme desafio. Como continuar essa queda até 2020, para alcançar a meta de atingir a redução de 80% em relação aos níveis de 2005.

Em termos numéricos, é preciso diminuir os níveis atuais em mais cerca de 40%. Mas se a velha estratégia de fiscalização, o chamado comando e controle, ainda vem funcionando, em bem pouco tempo ela precisará de uma reformulação, visto que o alvo da ação está mudando.

Essa é a avaliação de ambientalistas e até do próprio governo sobre os desafios da nova etapa do Plano de Ação para Proteção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAM) - um grupo de ações aplicadas desde 2005 que progressivamente está contendo o corte ilegal da floresta.

O problema é que até agora o foco das atenções eram os grandes desmatamentos, que podiam ocorrem numa tacada só na ordem de centenas ou até milhares de hectares. Facilmente visualizados pelo sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais que flagra em tempo real a derrubada, podem ser interrompidos. Por outro lado, multas, limite a crédito, confisco de gado e de madeira, moratória da soja, criação de unidades de conservação, etc, acabaram contendo esse avanço.

O que precisa ser combatido agora é o desmatamento menor, que segue acontecendo nas pequenas propriedades e nos assentamentos de reforma agrária. Ontem, em evento no Ministério do Meio Ambiente sobre dados do desmatamento, a própria ministra Izabella Teixeira reconheceu o problema.

“Temos de melhorar a atuação em relação à questão do desmatamento puxadinho (em áreas inferiores a 25 hectares), às propriedades licenciadas que estão desmatando ilegalmente e às oportunidades do Cadastro Ambiental Rural (CAR), mas também às limitações desse cadastro”, disse.

Segundo André Lima, consultor de políticas públicas do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), hoje aproximadamente 60% do desmatamento que ocorre na Amazônia é inferior a 20 hectares. O Deter só detecta acima de 25 hectares.

Secretária de Meio Ambiente do Amazonas está na final do Prêmio Cláudia

Fonte: d24am.com

A secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas, Nádia Ferreira, 51 anos, está na final do Prêmio Cláudia na categoria “Políticas públicas”. A votação seguirá até o dia 10 de outubro, por meio do site http://premioclaudia.abril.com.br.

Nádia Ferreira foi uma das principais responsáveis pela elaboração da Carta da Amazônia, documento entregue a um representante da Organização das Nações Unidas (ONU) durante a Rio+20, no qual a sociedade civil e os governadores da Amazônia brasileira se comprometem a gerar desenvolvimento sustentável para a região. “Sem esse documento, as pessoas da floresta nem sequer teriam sido ouvidas”, desabafa a secretária.

Nascida no Rio de Janeiro, Nádia mudou-se para Manaus ao se formar em biologia para trabalhar no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). Depois, foi secretária de Educação até assumir, em2008, aSecretaria do Meio Ambiente. Desde então, criou nove unidades de conservação da floresta e criou um programa de gestão que protege 19 milhões de hectares de floresta.

Preocupada em envolver todos na preservação, Nádia criou o Fórum de Mudanças Climáticas, no qual cientistas, índios e outros representantes da sociedade civil discutem o desenvolvimento sustentável do estado, e o primeiro Conselho Estadual de Populações Tradicionais do país, formado por representantes de comunidades ribeirinhas e quilombolas.

Outra causa que abraçou foi a regularização de propriedades rurais do interior do seu estado. “Só assim iremos evitar o desmatamento ilegal e recuperar terras já devastadas.” Por ter incentivado a criação da primeira Secretaria Estadual dos Povos Indígenas, antes subordinada à sua pasta, Nádia recebeu, das mãos dos índios, o troféu "Amiga das Causas Indígenas".

Foto: Divulgação