quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Produção de açaí no Amazonas tem alta de 2.000% e bate 89.480 toneladas

Fonte: portalamazonia.com

Dados da pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS) fazem um “raio-X” da situação dos produtos do extrativismo vegetal e da silvicultura na Amazônia. As últimas estatísticas, divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que a peculiaridade e a crescente demanda do mercado por produtos da região impulsionam o destaque da produção local a nível nacional.

Dos 20 maiores municípios produtores de frutos de açaizeiros nativos no Brasil, 12 se encontram no Pará, e oito no Amazonas. Essas cidades concentram 71,4% dos registros de todo o País. Em 2011, o Amazonas registrou aumento de 2.648% na produção de açaí. A estatística, que influenciou na soma de R$ 102 milhões em receitas, representa a maior alta registrada no período em todo o País, fechando a colheita em 89.480 toneladas. A evolução, no entanto, não foi suficiente para tirar do Pará a liderança no cultivo do fruto, com 109.345 toneladas.

Quanto à castanha-do-Brasil, o Amazonas aparece no topo dos estados produtores, com 14.661 toneladas. Somente a cidade de Beruri somou, em 2011, 6.100 toneladas do material, liderando a lista dos 20 maiores municípios produtores. A estatísticas estaduais praticamente dobraram em relação a dez anos atrás. Em 2001, a produção foi de 8.352 toneladas. Passando para 14.661 toneladas em 2011, representando um crescimento no período de 75%. De volta aos estados, em seguida estão o Acre (14 035 toneladas) e Pará (7 192 toneladas).

O Amazonas ainda é o principal produtor no país de látex coagulado. Mesmo com uma queda de 9% em relação a 2010, a produção no Estado alcançou 2,3 mil toneladas – o equivalente a uma geração de R$5 milhões em receitas.

Já os dados da piaçava mostram a produção amazonense bem abaixo da líder, Bahia. O estado nordestino produziu 59,3 mil toneladas, enquanto o Amazonas alcançou apenas a marca de duas mil toneladas.

O Óleo a copaíba é outro importante produto da extração vegetal no Estado. No entanto, em 2011, a produção teve uma queda bem acentuada em relação a 2010, caindo de 538 toneladas para 168 toneladas em 2011, gerando um valor da produção de R$1,4 milhões de reais.

No Amazonas, a produção de madeira em toras obteve um pequeno aumento em relação a 2010 quando a produção foi de 665 mil metros cúbicos. Passando para 681 mil metros cúbicos em 2011, uma alta de 2,3%. Representando em valor da produção a importância de R$38,7 milhões.

A madeira em tora foi o único produto madeireiro da extração vegetal que apresentou aumento na produção em 2011 a nível nacional, com um acréscimo de 11,5% em relação a 2010. Dos 14.116.711 m³ registrados na pesquisa, o Estado do Pará participou com 5 653 358 m³, caracterizando-se como o principal produtor. O segundo maior estado produtor foi o Mato Grosso, com 2.153.468 m³, seguido por Rondônia (1.648.181m³), Bahia (1.068.079 m³) e Acre (1.064.195 m³), estado que apresentou a maior taxa de crescimento em relação a 2010. Em conjunto, estes estados participaram com 82% do total nacional.

Dos 20 maiores municípios produtores de madeira em tora da extração vegetal, 11 se encontram no Pará, onde se destaca o Município de Baião com uma produção de 659 764 m³. Fazem parte do ranking: Portel, Almeirim, Tailândia, Oeiras do Pará, Altamira, Ulianópolis, Uruará, Paragominas, Novo Repartimento e Dom Eliseu, no Pará; Porto Velho, em Rondônia; Juara e Aripuanã, no Mato Grosso; Riacho de Santana e Serra do Ramalho, na Bahia; Sena Madureira e Rio Branco, no Acre; Ortigueira, no Paraná; e Silves, no Amazonas. Juntos respondem por 42,9% do total nacional.

Foto: Lucivaldo Sena/Arquivo Ag. Pará

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